Chicletes, Balas e Afins!

Abaixo consta um material bibliográfico explicando um dos por quê do tradicional alerta:
NA AULA DE BIOLOGIA, NÃO SE COME, NÃO SE CHUPA, NÃO SE BEBE,
 NÃO SE MASTIGA e tudo mais.

"Não havendo boa higienização sistemática e contínua com escova e fio dental, a formação da placa bacteriana é conseqüência certa. Esta, se não removida completamente, mineraliza embaixo das gengivas, originando o cálculo, a denominação certa do tártaro subgengival. Para os que nem com a escova fazem limpezas no esmalte dos dentes, acontece a formação de cálculo supragengival que, mesmo não mineralizado, adere-se ao esmalte. Quanto à aparência, podem ser amarelo claro ou marrom-escuro. O primeiro é removível facilmente pelo dentista, com instrumentos apropriados e o segundo, que é mais denso e duro, tem sua remoção mais difícil. Estes por sua dureza e formação disforme tem o agravante de durante a mastigação, promoverem microcortes nas gengivas, principalmente em sua parte interna, provocando sangramento e estimulando inflamações, aumentando, assim, a degeneração dos tecidos que o circundam.


Para eliminá-lo e curar as doenças das gengivas que ele provoca, é, antes de tudo, necessário interromper a cadeia orgânica de sua formação, constituída pela matéria orgânica do líquido bucal, na qual encontramos microorganismos, saliva, soro, células epiteliais e restos de alimentos, entre outros. Se este conjunto não for removido pelas escovas e fios dentais, começam a mineralizar-se pela incorporação de sais inorgânicos da saliva. O tártaro só ocorre em pessoas que não conseguem ou não estejam conscientes da necessidade de pelo menos quatro escovações diárias, sendo uma complementada pelo uso correto do fio dental. Por este motivo pode-se afirmar que seus portadores precisarão sempre da ajuda de um dentista para não sofrerem conseqüências graves na forma de doença periodontal e conseqüente perda dos dentes.

Não bastará a remoção simples do tártaro, que é feita com instrumentos chamados curetas, que promovem uma raspagem da superfície dos dentes, tanto na área do esmalte como na das raízes, mas uma atenção especial do paciente para evitar o retorno do problema.

Não tendo tártaro e impedindo a formação da placa bacteriana, as gengivas ficam mais saudáveis, sem irritações típicas das inflamações e com uma aparência agradável por estarem, assim, bem unidas aos dentes, fazendo inclusive uma espécie de proteção às suas raízes. A ausência de placa e tártaro garantem a permanência por muitos e muitos anos de todos os seus dentes, com despesas pequenas, representadas pela troca, de tempos em tempos da escova dental, além da aquisição de fio dental e dentifrício, despesas infinitamente pequenas se comparadas ao custo das cirurgias perio¬dontais. Algumas pessoas tem tanto tártaro que chegam a estar constantemente irritadas pelo mal-estar provocado pelas inflamações das gengivas, muitas sem saber a origem de sua irritabilidade.

Se ao passar a língua, ou durante a escovação ou uso do fio dental notar que eles não deslizam suavemente, está caracterizada a presença do tártaro. Se suas gengivas sangram ao escovar ou ainda sem escovação, com certeza é porque o tártaro o está provocando. Na verdade, já passou da hora de ir ao dentista, que, por ideal, deveria ter sido procurado para remoção da placa. Seu dentista lhe fará, sempre que você o visitar, a profilaxia necessária. Constatando-se doença periodontal, o indicado será recorrer a um periodontista, o especialista que estudou, em regime de pós-graduação, todas as maneiras corretas de tratar os distintos estágios da doença. De preferência, este deve ser indicação de seu próprio dentista, em função do tipo de tratamento que você poderá precisar."

Autor: Antônio Inácio Ribeiro
Livro: 100 motivos para ir ao dentista