sábado, 4 de maio de 2013

Gelo no Ártico derreteu em ritmo recorde em 2012, alerta ONU


O gelo do oceano Ártico derreteu em ritmo recorde em 2012, o nono ano mais quente desde o início dos registros, anunciou nesta quinta-feira (2) a OMM (Organização Meteorológica Mundial), uma agência da ONU.
No relatório sobre o ano de 2012, a OMM afirma que, em agosto e setembro do ano passado, as zonas geladas do Ártico cobriam apenas 3,4 milhões de quilômetros quadrados, 18% a menos que em 2007, quando havia sido registrado o recorde anterior.
Para o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, este é um "preocupante sinal da mudança climática".O ano de 2012 também registrou outros extremos, como secas e ciclones tropicais. A variabilidade natural do clima sempre resultou em extremos deste tipo, mas a mudança climática determina cada vez mais as características físicas dos acontecimentos meteorológicos e climáticos extremos", disse."Por exemplo, dado que os níveis globais do mar são atualmente 20 centímetros maiores que o que eram em 1880, tempestades como o furacão Sandy estão produzindo mais inundações costeiras", completou.
A OMM afirma que a temperatura global média de terras e superfícies marinhas é estimada 0,45°C acima da média do período que vai de 1961 a 1990, que é de 14 graus Celsius.Este foi o nono ano mais quente desde 1850, primeiro do qual se tem registro, e o 27º ano consecutivo no qual a temperatura de terras e superfícies marinhas supera a média de 1961-1990."A tendência continua de alta das concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa confirma que o aquecimento prosseguirá", disse Jarraud.
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Maio - 2012 foi o 9º ano mais quente de toda a história, alerta boletim da Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês). Segundo o relatório sobre a situação climática global, o impacto da elevação de temperaturas fez o Nordeste do Brasil enfrentar a pior seca dos últimos 50 anos. No ano passado, a região sofreu, entre março e maio, um déficit de chuva de 300 milímetros, o que "afetou mais de 1.100 cidades, ameaçando a vida das populações locais e seus abastecimentos de alimento"Leia mais WMO
Planeta mais quente
Temperaturas superiores à média foram registradas em quase todo o planeta, particularmente na América do Norte, Europa meridional, Rússia ocidental, partes do norte da África e América do Sul meridional, destacou a OMM.
Paralelamente, foram registradas temperaturas inferiores à média no Alasca, em partes do Norte e Leste da Austrália e na Ásia Central.
As precipitações também mudaram, com condições mais secas que a média, no Nordeste do Brasil, em grande parte do centro dos Estados Unidos, no México setentrional, no centro da Rússia e no centro-sul da Austrália.
A umidade aumentou no Norte da Europa, no Oeste da África, no centro-norte da Argentina, no Oeste do Alasca e na maior parte do Norte da China.
Furacão Sandy
O furacão Sandy afetou primeiro o Caribe e depois a costa leste dos Estados Unidos no fim de outubro. Pelo menos 300 pessoas morreram na região e foram registradas perdas materiais de mais de US$ 75 bilhões apenas nos Estados Unidos.
A destruição provocada pelo Sandy levou a OMM a retirar este nome da lista rotativa de nomes de tempestades, informou a agência da ONU. "Sandy" será substituída por "Sara", depois que os meteorologistas decidiram que o uso futuro do nome poderia gerar tristeza.
"Sandy" é o 77º nome retirado da lista de tempestades tropicais do Atlântico, como já havia acontecido nos casos "Irene" (2011), Igor e Tomás (2010), Gustav e Paloma (2008) e Denis, Katrina, Rita e Wilma (2005).


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