O aquecimento global não deixará as espécies de áreas tropicais tão
vulneráveis à extinção como os ecologistas pensavam antes. Um estudo da
Universidade de Zurique, na Suíça, examinou como elas podem evoluir e se adaptar
ao ambiente para compensar o aumento drástico da temperatura.
“Acredita-se que a mudança climática representa um risco maior aos organismos
de sangue-frio dos trópicos (ectotérmicos) do que às espécies de zonas
temperadas e polares. No entanto, como o potencial de adaptação das espécies ao
aquecimento não foi estudado nos antigos modelos, usamos esta teoria para montar
um padrão para o futuro, com as respostas evolutivas [das espécies]”, explica o
autor do estudo, Richard Walters, agora na Universidade Reading, no Reino
Unido.
Conhecidos como ectotérmicos, peixes, anfíbios, insetos e répteis têm sangue
frio e sofrem elevação da temperatura corporal com o aumento do calor externo –
ou seja, quanto mais quente estiver, menor será o tempo de vida deles. O
aquecimento global pode interferir na expectativa de vida, mas essa redução pode
contribuir para que a espécie “ganhe” mais gerações e evolua. Com mais ciclos de
vida, é possível que eles tenham uma adaptação mais rápida ao aquecimento frente
aos animais de outras zonas climáticasdo globo.
"Nosso modelo mostra que a vantagem evolutiva de um menor tempo de geração
deve compensar as espécies que estão melhores adaptadas às faixas de
temperatura. Prevemos que o risco relativo de extinção provavelmente será menor
para as espécies tropicais do que para as de clima temperado", conclui.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2012/08/17/especies-tropicais-vao-evoluir-mais-rapido-com-o-aquecimento-global.htm
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