Arnaldo Antunes
que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?
que preto branco índio o quê?
branco índio preto o quê?
índio preto branco o quê?
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos mamelucos sararás
crilouros guaranisseis e judárabes
orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs
somos o que somos
inclassificáveis
não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não há sol a sós
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.
somos o que somos
inclassificáveis
que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?
não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não tem cor, tem cores,
não há sol a sós
egipciganos tupinamboclos
yorubárbaros carataís
caribocarijós orientapuias
mamemulatos tropicaburés
chibarrosados mesticigenados
oxigenados debaixo do sol
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Cientistas dizem ter provas de que golfinhos são "pessoas não-humanas
Os golfinhos e baleias devem ser tratados como "pessoas não-humanas", segundo alguns cientistas proeminentes que se reuniram na conferência anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS), a maior de seu gênero no mundo. Segundo esses cientistas, esses cetáceos são suficientemente inteligentes para que se enquadrem em normas éticas que usamos para tratar os outros humanos, como a proibição de sua caça, cativeiro ou posse.
Essa proposta não é nova. Desde maio de 2010 circula a Declaração Universal dos Direitos dos Cetáceos. Segundo ela, baleias e golfinhos não podem ser forçados a viver em cativeiro, ser objeto de maus tratos ou ser retirados de seu habitat natural. Como "pessoas não-humanas", eles também não podem pertencer a ninguém.
A novidade é que o jornal espanhol ABC publicou uma notícia que dá a entender que essa declaração veio oficialmente em nome da AAAS, o que seria bombástico. Na verdade, houve uma reunião importante, mas dela não saiu nenhuma declaração oficial em nome da AAAS. Em um simpósio organizado dentro da conferência, cientistas mostraram evidências de que os golfinhos têm consciência de si mesmos, característica que até pouco tempo era considerada exclusivamente humana.
Para embasar a matéria, o jornal buscou declarações do filósofo Thomas White, que escreveu o livro: "Em defesa dos golfinhos, a nova fronteira moral". Para o filósofo, “a evidência científica agora é forte o suficiente para apoiar a alegação de que os golfinhos são como os seres humanos, auto-conhecedores, seres inteligentes, com emoções e personalidades. Assim, os golfinhos devem ser considerados como pessoas não-humanas, sendo valorizados como indivíduos. Do ponto de vista ético, as lesões, mortes e cativeiro é algo errado”.
Ok, o jornalismo preguiçoso do ABC deixou a notícia mais legal do que ela realmente é. Por enquanto, ainda é uma teoria a ser comprovada. Mas a ideia tem méritos. E interessante também ela aparecer justo no dia em que eu postei o vídeo da matança aí abaixo
Vídeo
Fonte: http://sobreasaguas.blog.uol.com.br/arch2012-02-26_2012-03-03.html#2012_02-26_19_15_07-165753517-0
Essa proposta não é nova. Desde maio de 2010 circula a Declaração Universal dos Direitos dos Cetáceos. Segundo ela, baleias e golfinhos não podem ser forçados a viver em cativeiro, ser objeto de maus tratos ou ser retirados de seu habitat natural. Como "pessoas não-humanas", eles também não podem pertencer a ninguém.
A novidade é que o jornal espanhol ABC publicou uma notícia que dá a entender que essa declaração veio oficialmente em nome da AAAS, o que seria bombástico. Na verdade, houve uma reunião importante, mas dela não saiu nenhuma declaração oficial em nome da AAAS. Em um simpósio organizado dentro da conferência, cientistas mostraram evidências de que os golfinhos têm consciência de si mesmos, característica que até pouco tempo era considerada exclusivamente humana.
Para embasar a matéria, o jornal buscou declarações do filósofo Thomas White, que escreveu o livro: "Em defesa dos golfinhos, a nova fronteira moral". Para o filósofo, “a evidência científica agora é forte o suficiente para apoiar a alegação de que os golfinhos são como os seres humanos, auto-conhecedores, seres inteligentes, com emoções e personalidades. Assim, os golfinhos devem ser considerados como pessoas não-humanas, sendo valorizados como indivíduos. Do ponto de vista ético, as lesões, mortes e cativeiro é algo errado”.
Ok, o jornalismo preguiçoso do ABC deixou a notícia mais legal do que ela realmente é. Por enquanto, ainda é uma teoria a ser comprovada. Mas a ideia tem méritos. E interessante também ela aparecer justo no dia em que eu postei o vídeo da matança aí abaixo
Vídeo
Fonte: http://sobreasaguas.blog.uol.com.br/arch2012-02-26_2012-03-03.html#2012_02-26_19_15_07-165753517-0
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Estudo aponta que mais de 12% das espécies da zona tropical do Pacífico estão ameaçadas
Mais de 12% das espécies marinhas, animais ou vegetais, da região tropical leste do Pacífico estão ameaçadas de extinção devido à pesca predatória, à destruição de seu habitat e ao impacto do El Niño, segundo um estudo da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
Este estudo, o primeiro do tipo conduzido pela IUCN no Golfo da Califórnia, na costa do Panamá e da Costa Rica, além das cinco ilhas e arquipélagos, engloba toda a fauna e flora - peixes, mamíferos marinhos, tartarugas marinhas, aves marinhas, corais, manguezais e algas.
As zonas de maior risco são a entrada do Golfo da Califórnia a as costas do Panamá e da Costa Rica.
"Identificar espécies ameaçadas e as causas desta ameaça pode ajudar a definir as prioridades de conservação marinha na região", afirmou Beth Polidoro, autora principal do estudo, enquanto Scott Henderson, coautor, acredita que "salvar espécies ameaçadas é a coisa mais importante que podemos fazer para proteger a saúde do oceano, necessária para o bem-estar de milhões de pessoas".
A IUCN considera, ao final do estudo, que a criação de uma zona protegida em torno do atol de Clipperton deverá ser uma prioridade, assim como uma legislação para limitar a destruição de manguezais ao longo da costa do Panamá e da Costa Rica.
Nos últimos anos, pelo menos 20 espécies marinhas desapareceram no mundo, além de outros 133 grupos locais de espécies marinhas. Dessa forma desapareceu o peixe damselfish das Ilhas Galápagos durante a passagem do El Niño em 1982-83. Outrora abundante nas águas do sul da Califórnia e do Golfo da Califórnia, o peixe Totoaba e o bagre gigante são considerados "criticamente ameaçados" devido à pesca predatória
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/02/23/estudo-aponta-que-mais-de-12-das-especies-da-zona-tropical-do-pacifico-estao-ameacadas.jhtm
Este estudo, o primeiro do tipo conduzido pela IUCN no Golfo da Califórnia, na costa do Panamá e da Costa Rica, além das cinco ilhas e arquipélagos, engloba toda a fauna e flora - peixes, mamíferos marinhos, tartarugas marinhas, aves marinhas, corais, manguezais e algas.
As zonas de maior risco são a entrada do Golfo da Califórnia a as costas do Panamá e da Costa Rica.
"Identificar espécies ameaçadas e as causas desta ameaça pode ajudar a definir as prioridades de conservação marinha na região", afirmou Beth Polidoro, autora principal do estudo, enquanto Scott Henderson, coautor, acredita que "salvar espécies ameaçadas é a coisa mais importante que podemos fazer para proteger a saúde do oceano, necessária para o bem-estar de milhões de pessoas".
A IUCN considera, ao final do estudo, que a criação de uma zona protegida em torno do atol de Clipperton deverá ser uma prioridade, assim como uma legislação para limitar a destruição de manguezais ao longo da costa do Panamá e da Costa Rica.
Nos últimos anos, pelo menos 20 espécies marinhas desapareceram no mundo, além de outros 133 grupos locais de espécies marinhas. Dessa forma desapareceu o peixe damselfish das Ilhas Galápagos durante a passagem do El Niño em 1982-83. Outrora abundante nas águas do sul da Califórnia e do Golfo da Califórnia, o peixe Totoaba e o bagre gigante são considerados "criticamente ameaçados" devido à pesca predatória
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/02/23/estudo-aponta-que-mais-de-12-das-especies-da-zona-tropical-do-pacifico-estao-ameacadas.jhtm
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Antibióticos são ineficazes para tratar sinusite, demonstra estudo
Os antibióticos são ineficazes contra a maioria das infecções dos seios nasais, embora com frequência sejam prescritos por médicos, demonstrou um estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA).
"As pessoas que sofrem de sinusite - inflamação da cavidade nasal e dos seios nasais - não se sentem melhor ou apresentam menos sintomas quando tomam antibióticos", disse Jay Piccirillo, professor de otorrinolaringologia da Universidade de Washington em St. Louis (Missuri, centro), principal responsável por este teste clínico publicado na edição da revista JAMA de 15 de fevereiro.
"Nosso estudo com 166 adultos mostra a inutilidade dos antibióticos para tratar a sinusite comum - com frequência de origem viral. A maioria das pessoas se recupera sozinha", acrescentou.
Estes médicos compararam um grupo de participantes tratado com antibióticos e um grupo de controle, cujos participantes tomaram um placebo.
Nos Estados Unidos, um em cada cinco antibióticos com receita é prescrito para tratar a sinusite, informaram os autores da pesquisa.
Em vista da resistência crescente dos antibióticos como resultado de seu uso excessivo, era importante saber se estes medicamentos são eficazes contra a sinusite, disseram os especialistas.
"Acreditamos que os antibióticos são muito receitados pelos clínicos gerais", disse Jane Garbutt, professora associada de medicina na Universidade de Washington, outra autora do estudo.
Concretamente, os cientistas recomendam, no lugar de antibióticos como a amoxicilina, tratar a dor da sinusite com analgésicos (aspirina, ibuprofeno) e a congestão nasal com descongestionantes.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/02/14/antibioticos-sao-ineficazes-para-tratar-sinusite-demonstra-estudo.jhtm
"As pessoas que sofrem de sinusite - inflamação da cavidade nasal e dos seios nasais - não se sentem melhor ou apresentam menos sintomas quando tomam antibióticos", disse Jay Piccirillo, professor de otorrinolaringologia da Universidade de Washington em St. Louis (Missuri, centro), principal responsável por este teste clínico publicado na edição da revista JAMA de 15 de fevereiro.
"Nosso estudo com 166 adultos mostra a inutilidade dos antibióticos para tratar a sinusite comum - com frequência de origem viral. A maioria das pessoas se recupera sozinha", acrescentou.
Estes médicos compararam um grupo de participantes tratado com antibióticos e um grupo de controle, cujos participantes tomaram um placebo.
Nos Estados Unidos, um em cada cinco antibióticos com receita é prescrito para tratar a sinusite, informaram os autores da pesquisa.
Em vista da resistência crescente dos antibióticos como resultado de seu uso excessivo, era importante saber se estes medicamentos são eficazes contra a sinusite, disseram os especialistas.
"Acreditamos que os antibióticos são muito receitados pelos clínicos gerais", disse Jane Garbutt, professora associada de medicina na Universidade de Washington, outra autora do estudo.
Concretamente, os cientistas recomendam, no lugar de antibióticos como a amoxicilina, tratar a dor da sinusite com analgésicos (aspirina, ibuprofeno) e a congestão nasal com descongestionantes.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/02/14/antibioticos-sao-ineficazes-para-tratar-sinusite-demonstra-estudo.jhtm
No ônibus, um estupro virou invisível
O que o ataque a uma menina de 12 anos, dentro de um ônibus em uma rua movimentada, diz sobre a nossa sociedade.
Por Bolívar Torres
Todos já leram no jornal. Uma menina foi estuprada no ônibus. Foi estuprada ao meio-dia e meia, um dos horários mais movimentados, em uma das ruas mais movimentadas do Rio de Janeiro.
A notícia tem um quê de irreal. Como assim, dentro do ônibus? Como assim, no meio do dia? Ninguém sabe. Ninguém entende. Como é possível?
O que dizem os jornais: um homem entrou dentro do ônibus. Com uma arma, obrigou uma menina de 12 anos a ir para trás do veículo. Pediu para que abaixasse as calças e a estuprou. Antes de saltar do ônibus, ainda teve a chance de passar a mão em outra passageira, que gritou. Depois saiu pela porta normalmente e entrou em outro ônibus. Havia quatro pessoas dentro do ônibus, o motorista, a cobradora e duas passageiras. As passageiras testemunharam e disseram não ter visto nada.
Se tivesse acontecido em alguma obra de ficção, a cena pareceria absolutamente inverossímil. Mas aconteceu na vida real, dia 16 de fevereiro, em pleno Jardim Botânico. O Rio de Janeiro é às vezes tão surreal que supera a ficção mais absurda. Os comentários nas redes sociais e nas matérias dos sites passam muito longe do cerne da questão. Limitam-se a pedir “a volta da ditadura militar”, a pena de morte, o linchamento público. Na verdade, a indignação que tomou conta das pessoas mascara uma perplexidade muito mais complexa, difícil e traumática: como deixamos isso acontecer?
Há, claro, uma série de fatores, digamos, “palpáveis”, que ajudariam a explicar a tragédia. É sabido, por exemplo, que os transportes coletivos do Rio são precários. Os ônibus não passam de latas velhas que insistem em rodar a 200 por hora, quase arremessando para longe seus passageiros. Quando aceleram em uma curva da Nossa Senhora de Copabacana, por exemplo, parecem que vão decolar. Motoristas e cobradores são mal treinados e, na maior parte das vezes, grosseiros e incompetentes. Já presenciei motoristas dirigindo enquanto falavam ao celular durante pelo menos cinco minutos, em um trecho altamente movimentado e perigoso. Já presenciei uma idosa ser atropelada por um ônibus em marcha ré, e outra cair no asfalto e se machucar porque o ônibus não esperou que ela terminasse de descer. Outra, ainda, me disse ter quebrado não-sei-quantas costelas depois de uma curva acelerada (sentada, a idosa foi arremessada como uma peteca em direção ao banco vizinho). Outro dia, um cobrador me ofereceu entrar pela porta de trás, sem passar na roleta, em troca de um trocado para o seu café. E, no ano passado, numa parada da praça Bartolomeu Mitre, lembro que quase estourei minhas costas ajudando sozinho um pobre cadeirante a subir no ônibus, porque o cobrador havia se recusado a ajudá-lo. A justificativa do cobrador: “Não posso”.
Todos sabem que o mundo dos ônibus do Rio de Janeiro é uma terra sem lei: além de oferecer um péssimo serviço a um preço elevado (uma das passagens mais caras do mundo) as empresas não respondem por seus erros, assim como seus funcionários. A cultura do pode-tudo, somada à falta de segurança, fazem do transporte público um espaço para delitos menores, maiores e – em raros mas traumáticos casos – trágicos e absurdos. Alguns recursos simples (como um rádio ao alcance do motorista com ligação direta com a polícia), poderiam amenizar a situação. Mas o que aconteceu na linha 162, quinta dia 16, vai muito além de questões técnicas de segurança. É o retrato instantâneo de uma sociedade que apodreceu.
Uma menina foi estuprada. Dentro de um ônibus em uma rua lotada. Ao meio-dia. O estupro não é um crime silencioso ou sorrateiro. Informou o delegado que o ataque durou 14 minutos. E 14 minutos não são 14 segundos. Mesmo assim, as passageiras insistem não ter visto nada. A cobradora, se viu, não fez nada. O motorista, mesmo com o espelho retrovisor, idem. Não vou acusar ninguém de fazer vista grossa. Mas o fato do estupro de uma menor, em um ambiente fechado, ser tão difícil de notar, revela uma sociedade em que todos olham apenas para seus umbigos e seus smartphones, sem se preocupar com o que acontece ao seu redor. Um deslocamento de ida e volta ao trabalho como robôs anódinos. Não há como não lembrar da clássica crônica de Fernando Sabino: “Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes (…)As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome”.
Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/no-onibus-um-estupro-virou-invisivel/?ga=dtf
Por Bolívar Torres
Todos já leram no jornal. Uma menina foi estuprada no ônibus. Foi estuprada ao meio-dia e meia, um dos horários mais movimentados, em uma das ruas mais movimentadas do Rio de Janeiro.
A notícia tem um quê de irreal. Como assim, dentro do ônibus? Como assim, no meio do dia? Ninguém sabe. Ninguém entende. Como é possível?
O que dizem os jornais: um homem entrou dentro do ônibus. Com uma arma, obrigou uma menina de 12 anos a ir para trás do veículo. Pediu para que abaixasse as calças e a estuprou. Antes de saltar do ônibus, ainda teve a chance de passar a mão em outra passageira, que gritou. Depois saiu pela porta normalmente e entrou em outro ônibus. Havia quatro pessoas dentro do ônibus, o motorista, a cobradora e duas passageiras. As passageiras testemunharam e disseram não ter visto nada.
Se tivesse acontecido em alguma obra de ficção, a cena pareceria absolutamente inverossímil. Mas aconteceu na vida real, dia 16 de fevereiro, em pleno Jardim Botânico. O Rio de Janeiro é às vezes tão surreal que supera a ficção mais absurda. Os comentários nas redes sociais e nas matérias dos sites passam muito longe do cerne da questão. Limitam-se a pedir “a volta da ditadura militar”, a pena de morte, o linchamento público. Na verdade, a indignação que tomou conta das pessoas mascara uma perplexidade muito mais complexa, difícil e traumática: como deixamos isso acontecer?
Há, claro, uma série de fatores, digamos, “palpáveis”, que ajudariam a explicar a tragédia. É sabido, por exemplo, que os transportes coletivos do Rio são precários. Os ônibus não passam de latas velhas que insistem em rodar a 200 por hora, quase arremessando para longe seus passageiros. Quando aceleram em uma curva da Nossa Senhora de Copabacana, por exemplo, parecem que vão decolar. Motoristas e cobradores são mal treinados e, na maior parte das vezes, grosseiros e incompetentes. Já presenciei motoristas dirigindo enquanto falavam ao celular durante pelo menos cinco minutos, em um trecho altamente movimentado e perigoso. Já presenciei uma idosa ser atropelada por um ônibus em marcha ré, e outra cair no asfalto e se machucar porque o ônibus não esperou que ela terminasse de descer. Outra, ainda, me disse ter quebrado não-sei-quantas costelas depois de uma curva acelerada (sentada, a idosa foi arremessada como uma peteca em direção ao banco vizinho). Outro dia, um cobrador me ofereceu entrar pela porta de trás, sem passar na roleta, em troca de um trocado para o seu café. E, no ano passado, numa parada da praça Bartolomeu Mitre, lembro que quase estourei minhas costas ajudando sozinho um pobre cadeirante a subir no ônibus, porque o cobrador havia se recusado a ajudá-lo. A justificativa do cobrador: “Não posso”.
Todos sabem que o mundo dos ônibus do Rio de Janeiro é uma terra sem lei: além de oferecer um péssimo serviço a um preço elevado (uma das passagens mais caras do mundo) as empresas não respondem por seus erros, assim como seus funcionários. A cultura do pode-tudo, somada à falta de segurança, fazem do transporte público um espaço para delitos menores, maiores e – em raros mas traumáticos casos – trágicos e absurdos. Alguns recursos simples (como um rádio ao alcance do motorista com ligação direta com a polícia), poderiam amenizar a situação. Mas o que aconteceu na linha 162, quinta dia 16, vai muito além de questões técnicas de segurança. É o retrato instantâneo de uma sociedade que apodreceu.
Uma menina foi estuprada. Dentro de um ônibus em uma rua lotada. Ao meio-dia. O estupro não é um crime silencioso ou sorrateiro. Informou o delegado que o ataque durou 14 minutos. E 14 minutos não são 14 segundos. Mesmo assim, as passageiras insistem não ter visto nada. A cobradora, se viu, não fez nada. O motorista, mesmo com o espelho retrovisor, idem. Não vou acusar ninguém de fazer vista grossa. Mas o fato do estupro de uma menor, em um ambiente fechado, ser tão difícil de notar, revela uma sociedade em que todos olham apenas para seus umbigos e seus smartphones, sem se preocupar com o que acontece ao seu redor. Um deslocamento de ida e volta ao trabalho como robôs anódinos. Não há como não lembrar da clássica crônica de Fernando Sabino: “Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes (…)As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome”.
Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/no-onibus-um-estupro-virou-invisivel/?ga=dtf
Aprenda a usar banheiro público sem colocar sua saúde em risco
Aprenda a usar banheiro público sem colocar sua saúde em risco
Cuide da sua higiene com atitudes simples, como evitar o sabão em barra
Por Laura Tavares
Fontes consultadas: infectologista Maria Lavínea Figueiredo, do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica; infectologista Orlando Jorge, chefe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Luiz; infectologista Thiago Leandro Mamede, professor da Escola de Medicina Souza Marques.
Fonte: http://minhavida.uol.com.br/saude/materias/14763-aprenda-a-usar-banheiro-publico-sem-colocar-sua-saude-em-risco
Cuide da sua higiene com atitudes simples, como evitar o sabão em barra
Por Laura Tavares
Fontes consultadas: infectologista Maria Lavínea Figueiredo, do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica; infectologista Orlando Jorge, chefe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Luiz; infectologista Thiago Leandro Mamede, professor da Escola de Medicina Souza Marques.
Fonte: http://minhavida.uol.com.br/saude/materias/14763-aprenda-a-usar-banheiro-publico-sem-colocar-sua-saude-em-risco
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Células surgiram em poças ao lado de gêiseres e não no mar
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO
O prato da "sopa primordial" ficou bem menor: uma equipe de pesquisadores sugeriu, em artigo científico a ser publicado nesta terça-feira na revista "PNAS", que a origem da vida celular não se deu na vastidão do oceano, mas sim em pequenas poças em terra.
É consenso entre os cientistas que os seres vivos surgiram da combinação de certos elementos químicos, que produziram os "tijolos" de substâncias orgânicas dos quais eles são feitos.
Esses ingredientes seriam as substâncias químicas dessa "sopa primordial" no mar.
Essa forma de vida primitiva teria se isolado do ambiente, criado um metabolismo próprio para consumo de energia e a capacidade de se reproduzir.
Pesquisadores da área se dividem entre os que acham que o metabolismo surgiu antes e os que acham que a capacidade de replicação veio primeiro.
Uma hipótese popular de um dos defensores do "metabolismo primeiro" foi criada por Mike Russel, hoje no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.
Para ele, os precursores da vida surgiram no fundo dos oceanos, ao redor de jatos de água quente que surgem de fissuras ligadas à atividade vulcânica.
"Estávamos bem contentes com a ideia da origem da vida no mar e nossas visões atuais ainda incorporam alguns traços da hipótese de Mike Russell", disse à Folha o principal autor do estudo, Armen Mulkidjanian, da Universidade de Osnabrück, na Alemanha.
Mas os cientistas notaram discrepâncias entre as proporções de certas formas de elementos químicos no interior das células atuais dos seres vivos e em ambientes marinhos e terrestres em geral. É o caso de certos íons, átomos ou moléculas eletricamente carregados.
De acordo com o grupo, a proporção dos íons dentro das células de hoje reflete a composição do ambiente no qual elas se formaram há bilhões de anos.
As células atuais contêm os seus típicos íons graças a membranas impermeáveis a alguns deles e a enzimas que transportam outros para dentro e para fora. Seria muito exagero sugerir que algo tão sofisticado já existisse nas células primitivas.
Essas "protocélulas" devem ter evoluído em habitats com uma alta relação de íons positivos de potássio e sódio e concentrações altas de compostos de zinco, manganês e fósforo, dizem os pesquisadores.
Segundo eles, essas condições químicas não teriam existido em ambientes marinhos, mas são compatíveis com zonas dominadas por vapor de sistemas geotérmico.
A vida teria surgido em discretas poças ao lado de grandes gêiseres, como os do parque Yellowstone, nos EUA, e só depois os oceanos teriam sido colonizados, quando as condições permitiram.
Clique no link para ver os infográficos.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1048442-celulas-surgiram-em-pocas-ao-lado-de-geiseres-e-nao-no-mar.shtml
DE SÃO PAULO
O prato da "sopa primordial" ficou bem menor: uma equipe de pesquisadores sugeriu, em artigo científico a ser publicado nesta terça-feira na revista "PNAS", que a origem da vida celular não se deu na vastidão do oceano, mas sim em pequenas poças em terra.
É consenso entre os cientistas que os seres vivos surgiram da combinação de certos elementos químicos, que produziram os "tijolos" de substâncias orgânicas dos quais eles são feitos.
Esses ingredientes seriam as substâncias químicas dessa "sopa primordial" no mar.
Essa forma de vida primitiva teria se isolado do ambiente, criado um metabolismo próprio para consumo de energia e a capacidade de se reproduzir.
Pesquisadores da área se dividem entre os que acham que o metabolismo surgiu antes e os que acham que a capacidade de replicação veio primeiro.
Uma hipótese popular de um dos defensores do "metabolismo primeiro" foi criada por Mike Russel, hoje no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.
Para ele, os precursores da vida surgiram no fundo dos oceanos, ao redor de jatos de água quente que surgem de fissuras ligadas à atividade vulcânica.
"Estávamos bem contentes com a ideia da origem da vida no mar e nossas visões atuais ainda incorporam alguns traços da hipótese de Mike Russell", disse à Folha o principal autor do estudo, Armen Mulkidjanian, da Universidade de Osnabrück, na Alemanha.
Mas os cientistas notaram discrepâncias entre as proporções de certas formas de elementos químicos no interior das células atuais dos seres vivos e em ambientes marinhos e terrestres em geral. É o caso de certos íons, átomos ou moléculas eletricamente carregados.
De acordo com o grupo, a proporção dos íons dentro das células de hoje reflete a composição do ambiente no qual elas se formaram há bilhões de anos.
As células atuais contêm os seus típicos íons graças a membranas impermeáveis a alguns deles e a enzimas que transportam outros para dentro e para fora. Seria muito exagero sugerir que algo tão sofisticado já existisse nas células primitivas.
Essas "protocélulas" devem ter evoluído em habitats com uma alta relação de íons positivos de potássio e sódio e concentrações altas de compostos de zinco, manganês e fósforo, dizem os pesquisadores.
Segundo eles, essas condições químicas não teriam existido em ambientes marinhos, mas são compatíveis com zonas dominadas por vapor de sistemas geotérmico.
A vida teria surgido em discretas poças ao lado de grandes gêiseres, como os do parque Yellowstone, nos EUA, e só depois os oceanos teriam sido colonizados, quando as condições permitiram.
Clique no link para ver os infográficos.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1048442-celulas-surgiram-em-pocas-ao-lado-de-geiseres-e-nao-no-mar.shtml
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
VOCÊ TRANSPORTA SEUS BICHOS DE ACORDO COM A LEI?
Conhecer os direitos e as obrigações relacionados às viagens com animais de estimação ou simplesmente ao transporte deles é uma necessidade. Os principais objetivos da legislação em vigor são garantir a segurança dos transeuntes e dos motoristas, proteger a saúde pública, proporcionar tratamento digno aos animais e, no caso dos silvestres, evitar a devastação da fauna bem como o tráfico ilegal.
Transporte com segurança - Código de Trânsito: o primeiro artigo do Código de Trânsito Brasileiro define: “Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupo, conduzidos ou não”. Nesse código, mais dois artigos mencionam os animais:
Animal atrapalhando o motorista (artigo 161): é infração média, penalizada com multa, dirigir o veículo com animal posto entre o motorista e a porta, ou com animal entre os braços ou pernas do motorista, resultando na perda de quatro pontos na Carteira de Motorista.
Transporte perigoso (artigo 235): considera infração grave o transporte de animais na parte externa do veículo e pune o infrator com multa e retenção do veículo, com a perda de cinco pontos na Carteira. É o caso de quem, de dentro do carro, leva o cão à rua para exercitá-lo puxando-o pela guia. Ou circula com gaiolas ou caixas de transporte com animais no bagageiro sobre o teto do veículo. Quando o transporte é feito na caçamba de uma caminhonete, pode ser tolerado se houver total segurança. Por exemplo, se o animal estiver dentro de uma caixa de transporte bem fechada e fixada, sem risco de abrir nem cair. Já um cão de guarda preso por corrente não é seguro: pode escapar ou, dependendo do comprimento da corrente, atacar um transeunte ou motoqueiro.
Transporte seguro: o mais certo é transportar animais de estimação dentro do veículo, no banco de trás, em uma caixa de transporte ou em uma gaiola, conforme a espécie, sempre com atenção para não prejudicar a visibilidade do motorista. Cães podem ir também usando um cinto de segurança especial para eles, vendido em pet shops. Para levar gatos, a caixa de transporte é mais recomendada, já que tendem a ficar intranqüilos no carro.
Proteção à saúde pública - Guia de Trânsito Animal (GTA): pela lei, para que o animal possa atravessar a fronteira entre dois Estados, é preciso comprovar que ele não tem doenças infecto-contagiosas. O objetivo é evitar o alastramento das epidemias (doenças que acometem muitas pessoas ao mesmo tempo), das endemias (doenças constantes em um determinado lugar) e das zoonoses (doenças transmissíveis dos animais aos humanos e vice-versa). O rigor da fiscalização é maior para animais de grande porte, mas a lei vale para todos. Quando a viagem é feita por um meio de transporte público, é grande a chance de o animal não conseguir partir sem provas de estarem preenchidos os requisitos de saúde.
A guia oficial: o Ministério da Agricultura desenvolveu um formulário para comprovar o bom estado de saúde do animal transportado. É a Guia de Trânsito Animal (GTA), adotada desde 1995 com base na portaria n° 22, de 13/1/1995. Antes disso, o documento oficial era o Certificado de Inspeção de Saúde Animal (Cisa). A emissão da GTA é feita por um veterinário credenciado pelo Ministério da Agricultura, com base em um exame clínico que ateste não haver sinais de doenças infecto-contagiosas, como a Cinomose e a Parvovirose, por exemplo. Cães e gatos, a partir dos quatro meses de idade, devem também comprovar estar em dia com a vacinação contra a raiva (tomada há mais de 30 dias e há menos de um ano).
Obtenção da guia: o mais prático é fazer o exame clínico com um veterinário que também seja credenciado para emissão da GTA, resolvendo logo o assunto. A Secretaria da Agricultura pode informar sobre a existência desses profissionais credenciados. O veterinário interessado em se credenciar para emitir GTA deve procurar o Ministério da Agricultura ou a Secretaria da Agricultura do Estado. Se o exame clínico for feito por um veterinário não credenciado, é preciso levar o atestado de saúde emitido por ele (e o de vacinação anti-rábico, no caso de cães e gatos) a um veterinário credenciado ou a um dos postos da Secretaria da Agricultura, para emissão da GTA. Na Secretaria da Agricultura o serviço é gratuito (o órgão limita-se a emitir a GTA - não há exame clínico). Os municípios, em geral, possuem postos da Secretaria.
Fonte: http://www.caes-e-cia.com.br/dicas/252p32n1.htm
Exibindo a documentação: algumas companhias de transporte têm como norma pedir, além da apresentação da GTA, a caderneta de vacinação e o atestado de saúde que serviram de base para a emissão do documento. Outras exigem atestado de saúde para viagens entre municípios de um mesmo Estado. Devido a essas possibilidades, convém informar-se com a empresa transportadora sobre suas exigências, antes de comprar a passagem e evitar dissabores de última hora.
Tempo de validade: o vencimento da GTA é determinado pelo veterinário que a emite, com base nas necessidades de cada caso e na recomendação do Ministério da Agricultura de que o prazo seja o menor possível. Na prática, a validade costuma não ultrapassar os dez dias. Vencido o prazo, é preciso tirar nova GTA para fazer outra viagem.
Proteção à fauna nacional - Lei de Crimes Ambientais: todas as polícias fiscalizam o transporte de animais silvestres. Nas estradas, esse controle é feito também pela polícia rodoviária. O animal silvestre sem a respectiva nota fiscal de compra está sujeito a apreensão. A nota fiscal deve ter o número de identificação do animal e o número e nome de registro do criadouro, loja ou zoológico que o vendeu. Na apreensão é dado um prazo para a comprovação da posse legalizada. Quando feita, o animal é restituído. Se não houver a comprovação, as penas previstas em lei são de detenção de seis meses a um ano e multa. Nesse caso o animal não é devolvido.
Evitar o sofrimento dos animais - Lei de Crimes Ambientais: o transporte do animal deve ser digno. Leva-lo em um porta-malas ou em uma caixa de transporte exposta a calor intenso, por exemplo, é uma crueldade. Prender com a guia um cão usando enforcador na caçamba do veículo, tem o risco dele pular para fora e acabar morrendo por asfixia. A lei 9.605 (artigo 32), de 13/2/1998, define como crime ambiental os atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
Transporte com segurança - Código de Trânsito: o primeiro artigo do Código de Trânsito Brasileiro define: “Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupo, conduzidos ou não”. Nesse código, mais dois artigos mencionam os animais:
Animal atrapalhando o motorista (artigo 161): é infração média, penalizada com multa, dirigir o veículo com animal posto entre o motorista e a porta, ou com animal entre os braços ou pernas do motorista, resultando na perda de quatro pontos na Carteira de Motorista.
Transporte perigoso (artigo 235): considera infração grave o transporte de animais na parte externa do veículo e pune o infrator com multa e retenção do veículo, com a perda de cinco pontos na Carteira. É o caso de quem, de dentro do carro, leva o cão à rua para exercitá-lo puxando-o pela guia. Ou circula com gaiolas ou caixas de transporte com animais no bagageiro sobre o teto do veículo. Quando o transporte é feito na caçamba de uma caminhonete, pode ser tolerado se houver total segurança. Por exemplo, se o animal estiver dentro de uma caixa de transporte bem fechada e fixada, sem risco de abrir nem cair. Já um cão de guarda preso por corrente não é seguro: pode escapar ou, dependendo do comprimento da corrente, atacar um transeunte ou motoqueiro.
Transporte seguro: o mais certo é transportar animais de estimação dentro do veículo, no banco de trás, em uma caixa de transporte ou em uma gaiola, conforme a espécie, sempre com atenção para não prejudicar a visibilidade do motorista. Cães podem ir também usando um cinto de segurança especial para eles, vendido em pet shops. Para levar gatos, a caixa de transporte é mais recomendada, já que tendem a ficar intranqüilos no carro.
Proteção à saúde pública - Guia de Trânsito Animal (GTA): pela lei, para que o animal possa atravessar a fronteira entre dois Estados, é preciso comprovar que ele não tem doenças infecto-contagiosas. O objetivo é evitar o alastramento das epidemias (doenças que acometem muitas pessoas ao mesmo tempo), das endemias (doenças constantes em um determinado lugar) e das zoonoses (doenças transmissíveis dos animais aos humanos e vice-versa). O rigor da fiscalização é maior para animais de grande porte, mas a lei vale para todos. Quando a viagem é feita por um meio de transporte público, é grande a chance de o animal não conseguir partir sem provas de estarem preenchidos os requisitos de saúde.
A guia oficial: o Ministério da Agricultura desenvolveu um formulário para comprovar o bom estado de saúde do animal transportado. É a Guia de Trânsito Animal (GTA), adotada desde 1995 com base na portaria n° 22, de 13/1/1995. Antes disso, o documento oficial era o Certificado de Inspeção de Saúde Animal (Cisa). A emissão da GTA é feita por um veterinário credenciado pelo Ministério da Agricultura, com base em um exame clínico que ateste não haver sinais de doenças infecto-contagiosas, como a Cinomose e a Parvovirose, por exemplo. Cães e gatos, a partir dos quatro meses de idade, devem também comprovar estar em dia com a vacinação contra a raiva (tomada há mais de 30 dias e há menos de um ano).
Obtenção da guia: o mais prático é fazer o exame clínico com um veterinário que também seja credenciado para emissão da GTA, resolvendo logo o assunto. A Secretaria da Agricultura pode informar sobre a existência desses profissionais credenciados. O veterinário interessado em se credenciar para emitir GTA deve procurar o Ministério da Agricultura ou a Secretaria da Agricultura do Estado. Se o exame clínico for feito por um veterinário não credenciado, é preciso levar o atestado de saúde emitido por ele (e o de vacinação anti-rábico, no caso de cães e gatos) a um veterinário credenciado ou a um dos postos da Secretaria da Agricultura, para emissão da GTA. Na Secretaria da Agricultura o serviço é gratuito (o órgão limita-se a emitir a GTA - não há exame clínico). Os municípios, em geral, possuem postos da Secretaria.
Fonte: http://www.caes-e-cia.com.br/dicas/252p32n1.htm
Exibindo a documentação: algumas companhias de transporte têm como norma pedir, além da apresentação da GTA, a caderneta de vacinação e o atestado de saúde que serviram de base para a emissão do documento. Outras exigem atestado de saúde para viagens entre municípios de um mesmo Estado. Devido a essas possibilidades, convém informar-se com a empresa transportadora sobre suas exigências, antes de comprar a passagem e evitar dissabores de última hora.
Tempo de validade: o vencimento da GTA é determinado pelo veterinário que a emite, com base nas necessidades de cada caso e na recomendação do Ministério da Agricultura de que o prazo seja o menor possível. Na prática, a validade costuma não ultrapassar os dez dias. Vencido o prazo, é preciso tirar nova GTA para fazer outra viagem.
Proteção à fauna nacional - Lei de Crimes Ambientais: todas as polícias fiscalizam o transporte de animais silvestres. Nas estradas, esse controle é feito também pela polícia rodoviária. O animal silvestre sem a respectiva nota fiscal de compra está sujeito a apreensão. A nota fiscal deve ter o número de identificação do animal e o número e nome de registro do criadouro, loja ou zoológico que o vendeu. Na apreensão é dado um prazo para a comprovação da posse legalizada. Quando feita, o animal é restituído. Se não houver a comprovação, as penas previstas em lei são de detenção de seis meses a um ano e multa. Nesse caso o animal não é devolvido.
Evitar o sofrimento dos animais - Lei de Crimes Ambientais: o transporte do animal deve ser digno. Leva-lo em um porta-malas ou em uma caixa de transporte exposta a calor intenso, por exemplo, é uma crueldade. Prender com a guia um cão usando enforcador na caçamba do veículo, tem o risco dele pular para fora e acabar morrendo por asfixia. A lei 9.605 (artigo 32), de 13/2/1998, define como crime ambiental os atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Começa retirada das 2.300 toneladas de combustível do "Costa Concordia"
Roma (Itália)
A retirada das 2.300 toneladas de combustível do cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou em 13 de janeiro em frente à ilha italiana de Giglio, foi iniciada neste domingo às 17h (hora local), informou a Defesa Civil da Itália em comunicado.
A companhia holandesa Smit e a italiana Neri, responsáveis pelo serviço, tinham previsto começar a extração em 28 de janeiro, mas o mau tempo não permitiu o início dos trabalhos, que devem durar cerca de um mês.
A nota explica que as condições meteorológicas continuam boas e que serão necessários 28 dias consecutivos para esvaziar os 15 tanques do 'Costa Concordia', onde, segundo as estimativas, encontra-se 84% do combustível armazenado.
O navio está encalhado a poucos metros da ilha de Giglio, no mar Tirreno, numa zona marítima de grande importância por ser passagem de baleias e outras espécies.
Desde o naufrágio, a prioridade foi a busca dos desaparecidos, por isso a retirada do combustível ficou em segundo plano.
Em 24 de janeiro começou a preparação para o esvaziamento dos seis tanques, onde estão 1.518 metros cúbicos do líquido (67% do total). O resto se encontra em noves depósitos menores, que guardam 377 metros cúbicos de combustível (17%). O restante (348 metros cúbicos) está armazenado em depósitos menores na sala de máquinas
Enquanto o material é extraído da embarcação, água é bombeada para os tanques que ficam vazios, para evitar que o cruzeiro se desequilibre.
No momento, estão sendo retirados cinco metros cúbicos de combustível a cada hora, valor que pode chegar até a 10 metros cúbicos nas próximas horas. A operação deste domingo começou num tanque de 400 metros cúbicos, que deve demorar de 40 a 45 horas para ser esvaziado.
A Agência Regional para a Proteção Meio Ambiental da Toscana (ARPAT) não registrou contaminação do mar.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2012/02/12/comeca-retirada-das-2300-toneladas-de-combustivel-do-costa-concordia.htm
A retirada das 2.300 toneladas de combustível do cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou em 13 de janeiro em frente à ilha italiana de Giglio, foi iniciada neste domingo às 17h (hora local), informou a Defesa Civil da Itália em comunicado.
A companhia holandesa Smit e a italiana Neri, responsáveis pelo serviço, tinham previsto começar a extração em 28 de janeiro, mas o mau tempo não permitiu o início dos trabalhos, que devem durar cerca de um mês.
A nota explica que as condições meteorológicas continuam boas e que serão necessários 28 dias consecutivos para esvaziar os 15 tanques do 'Costa Concordia', onde, segundo as estimativas, encontra-se 84% do combustível armazenado.
O navio está encalhado a poucos metros da ilha de Giglio, no mar Tirreno, numa zona marítima de grande importância por ser passagem de baleias e outras espécies.
Desde o naufrágio, a prioridade foi a busca dos desaparecidos, por isso a retirada do combustível ficou em segundo plano.
Em 24 de janeiro começou a preparação para o esvaziamento dos seis tanques, onde estão 1.518 metros cúbicos do líquido (67% do total). O resto se encontra em noves depósitos menores, que guardam 377 metros cúbicos de combustível (17%). O restante (348 metros cúbicos) está armazenado em depósitos menores na sala de máquinas
Enquanto o material é extraído da embarcação, água é bombeada para os tanques que ficam vazios, para evitar que o cruzeiro se desequilibre.
No momento, estão sendo retirados cinco metros cúbicos de combustível a cada hora, valor que pode chegar até a 10 metros cúbicos nas próximas horas. A operação deste domingo começou num tanque de 400 metros cúbicos, que deve demorar de 40 a 45 horas para ser esvaziado.
A Agência Regional para a Proteção Meio Ambiental da Toscana (ARPAT) não registrou contaminação do mar.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2012/02/12/comeca-retirada-das-2300-toneladas-de-combustivel-do-costa-concordia.htm
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
sábado, 4 de fevereiro de 2012
14 propostas da Nasa para diminuir o aquecimento global
indica que a diminuição da emissão do metano e da fuligem são passos importantes
Por Gisele Eberspacher às 10h10 de 02/02/2012
A Nasa realizou um estudo para analisar o aquecimento global. O documento propõe ainda 14 ações que podem ser feitas para amenizar o fenômeno.
Uma das coisas que a Nasa divulgou é que ações para combater a emissão do gás metano já podem diminuir a temperatura média da Terra entre 2,2ºC e 1,7ºC em 40 anos. Com a diminuição da temperatura média global, diminuiriam alguns problemas de saúde pública e com a produção de alimentos.
Ainda, segundo a pesquisa, é possível facilmente diminuir a quantidade de fuligem nas cidades. A ação também ajudaria a baixar a temperatura e melhorar a qualidade de vida em ambientes urbanos.
Veja abaixo as ações propostas pela Nasa e veja quais delas você pode ajudar diretamente, na sua casa (em negrito):
Para diminuir a emissão de metano:
1 – Melhorar técnicas para evitar o vazamento de gás em minas de carvão;
2 – Diminuir perdas de gás que escapa de poços de petróleo;
3 – Diminuir vazamentos em gasodutos;
4 – Separar lixo e encaminhar cada tipo de resíduo para seu destinho correto (fazer compostagem de materiais orgânicos e reciclar embalagens);
5 – Ter sistemas de esgoto eficientes e tratar corretamente o material. Para isso, veja se as ligações do esgoto da sua casa estão corretas e cobre do poder público estações de tratamento eficientes.
6 – Controlar a emissão de metano referente à pecuária, fazendo tratamento especial para o esterco. Você pode ajudar diminuindo seu consumo de carne vermelha.
7 – Arejar as plantações de arroz, para reduzir as emissões das plataformas alagadas.
Contra a fuligem
8 – Substituir a frota de veículos antigos, que podem liberar muitos poluentes na atmosfera;
9 – Instalar filtros em veículos movidos a diesel;
10 – Proibir a queima de resíduos orgânicos (muitas vezes provenientes da agricultura) ao ar livre;
11 – Optar por fornos a gás ou outros modelos de queima limpa;
12 – Em países pobres, muitas pessoas preparam alimentos queimando lenha ou carvão. Segundo a Nasa, levar a tecnologia de fornos a biogás para esses locais diminuí a poluição do ar;
13 – Evitar o uso de tijolos de barro e escolher os ecológicos;
14 – Substituir fornos a queima de coque (um subproduto do carvão) por equipamentos mais eficientes.
Fonte: http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2012/02/02/14-propostas-da-nasa-para-diminuir-o-aquecimento-global/
Por Gisele Eberspacher às 10h10 de 02/02/2012
A Nasa realizou um estudo para analisar o aquecimento global. O documento propõe ainda 14 ações que podem ser feitas para amenizar o fenômeno.
Uma das coisas que a Nasa divulgou é que ações para combater a emissão do gás metano já podem diminuir a temperatura média da Terra entre 2,2ºC e 1,7ºC em 40 anos. Com a diminuição da temperatura média global, diminuiriam alguns problemas de saúde pública e com a produção de alimentos.
Ainda, segundo a pesquisa, é possível facilmente diminuir a quantidade de fuligem nas cidades. A ação também ajudaria a baixar a temperatura e melhorar a qualidade de vida em ambientes urbanos.
Veja abaixo as ações propostas pela Nasa e veja quais delas você pode ajudar diretamente, na sua casa (em negrito):
Para diminuir a emissão de metano:
1 – Melhorar técnicas para evitar o vazamento de gás em minas de carvão;
2 – Diminuir perdas de gás que escapa de poços de petróleo;
3 – Diminuir vazamentos em gasodutos;
4 – Separar lixo e encaminhar cada tipo de resíduo para seu destinho correto (fazer compostagem de materiais orgânicos e reciclar embalagens);
5 – Ter sistemas de esgoto eficientes e tratar corretamente o material. Para isso, veja se as ligações do esgoto da sua casa estão corretas e cobre do poder público estações de tratamento eficientes.
6 – Controlar a emissão de metano referente à pecuária, fazendo tratamento especial para o esterco. Você pode ajudar diminuindo seu consumo de carne vermelha.
7 – Arejar as plantações de arroz, para reduzir as emissões das plataformas alagadas.
Contra a fuligem
8 – Substituir a frota de veículos antigos, que podem liberar muitos poluentes na atmosfera;
9 – Instalar filtros em veículos movidos a diesel;
10 – Proibir a queima de resíduos orgânicos (muitas vezes provenientes da agricultura) ao ar livre;
11 – Optar por fornos a gás ou outros modelos de queima limpa;
12 – Em países pobres, muitas pessoas preparam alimentos queimando lenha ou carvão. Segundo a Nasa, levar a tecnologia de fornos a biogás para esses locais diminuí a poluição do ar;
13 – Evitar o uso de tijolos de barro e escolher os ecológicos;
14 – Substituir fornos a queima de coque (um subproduto do carvão) por equipamentos mais eficientes.
Fonte: http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2012/02/02/14-propostas-da-nasa-para-diminuir-o-aquecimento-global/
Em caso raro, vaca dá à luz trigêmeos bezerros pela segunda vez
Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)
Uma vaca deu à luz três bezerros em Jaú (287 km de São Paulo), fato considerado raro pela ciência. Segundo o dono, João Batista Costa, 50, é a segunda vez que Cabana, um animal mestiço de oito anos, tem trigêmeos. Os bezerros têm um mês de idade.
Costa afirma que a vaca, que ele adquiriu quando ainda era bezerro por R$ 700, já deu à luz seis vezes em sua propriedade. Nas quatro primeiras vezes, nasceram gêmeos. Até agora, foram 13 animais (um deles morreu no parto).
Ver em tamanho maiorVocê já viu animais como esses?
Foto 39 de 39 - Uma vaca deu à luz três bezerros em Jaú (287 km de São Paulo), fato considerado raro pela ciência. Segundo o dono, João Batista Costa, 50, é a segunda vez que Cabana, um animal mestiço de oito anos, tem trigêmeos Tuca Melges/UOL
“É um fato muito raro. Em 95% dos nascimentos, o normal é nascer apenas um bezerro”, afirma Rubens Paes de Arruda, do Centro de Biotecnologia e Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da USP (Universidade de São Paulo).
Há relatos, segundo Arruda, de casos de reprodução de até quadrigêmeos, fato ainda mais raro.
De acordo com o pesquisador, não existe uma explicação para a alta fecundidade da vaca Cabana.
“Talvez ela tenha uma ovulação maior, por razões hormonais, o que aumenta as chances de fecundação. É um fato que merece ser estudado pela ciência”, afirma.
Mas se a fertilidade de Cabana faz a alegria de seu dono, ela não é boa para a vaca. De acordo com o professor da USP, Cabana pode ter problemas futuros em partos, porque o normal é o útero desenvolver apenas um embrião.
A fama de boa reprodutora de Cabana já rendeu uma proposta de negócio para o sitiante de Jaú. Costa afirma que lhe ofereceram R$ 7.000 pelo animal, mas a oferta foi recusada.
“É uma vaca excepcional. Além de mansa, é também boa produtora de leite. Tenho medo de ela ser maltratada pela pessoa que comprar”, declara.
Costa doou os bezerros, duas fêmeas e um macho, para os filhos. “Mas se eles quiserem vender para terceiros, eu fico com as fêmeas, pois elas podem ter as mesmas características da mãe.”
Cabana é o resultado do cruzamento das raças gir, de origem indiana, e holandesa, de alta produtividade leiteira. No Brasil, os mestiços dessas raças são conhecidos como gado “girolando”.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/02/04/em-caso-raro-vaca-da-a-luz-trigemeos-bezerros-pela-segunda-vez.htm
Uma vaca deu à luz três bezerros em Jaú (287 km de São Paulo), fato considerado raro pela ciência. Segundo o dono, João Batista Costa, 50, é a segunda vez que Cabana, um animal mestiço de oito anos, tem trigêmeos. Os bezerros têm um mês de idade.
Costa afirma que a vaca, que ele adquiriu quando ainda era bezerro por R$ 700, já deu à luz seis vezes em sua propriedade. Nas quatro primeiras vezes, nasceram gêmeos. Até agora, foram 13 animais (um deles morreu no parto).
Ver em tamanho maiorVocê já viu animais como esses?
Foto 39 de 39 - Uma vaca deu à luz três bezerros em Jaú (287 km de São Paulo), fato considerado raro pela ciência. Segundo o dono, João Batista Costa, 50, é a segunda vez que Cabana, um animal mestiço de oito anos, tem trigêmeos Tuca Melges/UOL
“É um fato muito raro. Em 95% dos nascimentos, o normal é nascer apenas um bezerro”, afirma Rubens Paes de Arruda, do Centro de Biotecnologia e Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária da USP (Universidade de São Paulo).
Há relatos, segundo Arruda, de casos de reprodução de até quadrigêmeos, fato ainda mais raro.
De acordo com o pesquisador, não existe uma explicação para a alta fecundidade da vaca Cabana.
“Talvez ela tenha uma ovulação maior, por razões hormonais, o que aumenta as chances de fecundação. É um fato que merece ser estudado pela ciência”, afirma.
Mas se a fertilidade de Cabana faz a alegria de seu dono, ela não é boa para a vaca. De acordo com o professor da USP, Cabana pode ter problemas futuros em partos, porque o normal é o útero desenvolver apenas um embrião.
A fama de boa reprodutora de Cabana já rendeu uma proposta de negócio para o sitiante de Jaú. Costa afirma que lhe ofereceram R$ 7.000 pelo animal, mas a oferta foi recusada.
“É uma vaca excepcional. Além de mansa, é também boa produtora de leite. Tenho medo de ela ser maltratada pela pessoa que comprar”, declara.
Costa doou os bezerros, duas fêmeas e um macho, para os filhos. “Mas se eles quiserem vender para terceiros, eu fico com as fêmeas, pois elas podem ter as mesmas características da mãe.”
Cabana é o resultado do cruzamento das raças gir, de origem indiana, e holandesa, de alta produtividade leiteira. No Brasil, os mestiços dessas raças são conhecidos como gado “girolando”.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/02/04/em-caso-raro-vaca-da-a-luz-trigemeos-bezerros-pela-segunda-vez.htm
Estudo inédito da WWF mostra que o Pantanal está ameaçado
O Pantanal está ameaçado pela agricultura intensiva e pelo desmatamento; veja fotos
Os jacarés descansam nos bancos de areia enquanto uma iguana se lança no mangue: no Pantanal, a natureza é generosa, mas este santuário de biodiversidade no coração da América do Sul está ameaçado pela agricultura intensiva e pelo desmatamento.
Ambientalistas do World Wildlife Fund (WWF) soaram o alarme por ocasião do Dia Mundial das Zonas Úmidas, celebrado todos os dias 2 de fevereiro desde 1997, para resgatar este santuário do Mato Grosso.
Os cientistas da ONG se apoiam em um estudo inédito publicado após três anos de pesquisas, realizado por cerca de 30 especialistas de quatro países (Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina), que compartilham a bacia do rio Paraguai, que nasce no Mato Grosso e percorre 2.600 km antes de desaguar no Rio Paraná, na Argentina.
Segundo o WWF, esta região que se estende por 1,2 milhão de km2 corre um grave risco ecológico.
O biólogo Glauco Kimura, coordenador do programa "Water for Life" ("Água para a vida") do WWF, é categórico: "o Pantanal está ameaçado. Isto pode parecer surpreendente, mas é a triste realidade. Nosso estudo demonstra que 14% da bacia do rio Paraguai deve ser protegida de maneira urgente".
Antes de percorrer de barco as curvas do rio Cuiabá, sobrevoado por algumas aves de rapina e por uma série de papagaios coloridos, Kimura e sua equipe se detêm na floresta da Chapada dos Guimarães.
A vista é excepcional. Mostra, de longe, o exuberante Pantanal, verdadeiro santuário ecológico. Mas é do alto, no Planalto (conhecido também como "Cerrado"), que vem o perigo.
"Comparo esta região a um prato", explica o ecologista. "O Planalto nas bordas e o Pantanal no fundo do prato. E o segundo sofre com os excessos do primeiro".
O desmatamento, a agricultura excessiva, o desenvolvimento urbano ou a multiplicação de represas hidroelétricas são alguns dos riscos para as águas que alimentam o Pantanal.
Percorrendo o Cerrado, são descobertos milhares de hectares de explorações agrícolas, sobretudo de soja. Em meio dos campos que se perdem de vista, um trator lança um líquido amarelo com um forte odor químico. São herbicidas.
Cerca de 15% da cobertura vegetal do Pantanal já foi destruída pelos cultivos de soja e pelos pastos para o gado, estima o WWF.
Isto alarma o canadense Pierre Girard, especialista em hidrologia do Centro de Pesquisas do Pantanal (independente), outro dos autores do estudo.
"A soja é cultivada onde nascem os rios que alimentam e formam posteriormente o Pantanal. Há riscos de erosão, mas também de contaminação do Pantanal", assegura.
Realizado igualmente em colaboração com a ONG The Nature Conservancy, o estudo do WWF insiste na necessidade para os países e as regiões envolvidas de unir seus esforços.
"Não há mais lugar para os cultivos abundantes como se existisse um estoque infinito de floresta nativa a destruir e de água doce a contaminar", afirma Kimura.
Para o biólogo, a proteção da bacia do rio Paraguai - onde apenas 11% do território é atualmente uma zona protegida - é vital para conservar a extraordinária riqueza da fauna e da flora, que possui 4.500 espécies diferentes.
"Portanto, é necessário proteger as fontes de água, criar mais zonas protegidas e melhorar as práticas agroalimentícias", assegura Kimura.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/02/02/ecologistas-brasileiros-pedem-protecao-do-pantanal-santuario-ameacado.jhtm
Os jacarés descansam nos bancos de areia enquanto uma iguana se lança no mangue: no Pantanal, a natureza é generosa, mas este santuário de biodiversidade no coração da América do Sul está ameaçado pela agricultura intensiva e pelo desmatamento.
Ambientalistas do World Wildlife Fund (WWF) soaram o alarme por ocasião do Dia Mundial das Zonas Úmidas, celebrado todos os dias 2 de fevereiro desde 1997, para resgatar este santuário do Mato Grosso.
Os cientistas da ONG se apoiam em um estudo inédito publicado após três anos de pesquisas, realizado por cerca de 30 especialistas de quatro países (Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina), que compartilham a bacia do rio Paraguai, que nasce no Mato Grosso e percorre 2.600 km antes de desaguar no Rio Paraná, na Argentina.
Segundo o WWF, esta região que se estende por 1,2 milhão de km2 corre um grave risco ecológico.
O biólogo Glauco Kimura, coordenador do programa "Water for Life" ("Água para a vida") do WWF, é categórico: "o Pantanal está ameaçado. Isto pode parecer surpreendente, mas é a triste realidade. Nosso estudo demonstra que 14% da bacia do rio Paraguai deve ser protegida de maneira urgente".
Antes de percorrer de barco as curvas do rio Cuiabá, sobrevoado por algumas aves de rapina e por uma série de papagaios coloridos, Kimura e sua equipe se detêm na floresta da Chapada dos Guimarães.
A vista é excepcional. Mostra, de longe, o exuberante Pantanal, verdadeiro santuário ecológico. Mas é do alto, no Planalto (conhecido também como "Cerrado"), que vem o perigo.
"Comparo esta região a um prato", explica o ecologista. "O Planalto nas bordas e o Pantanal no fundo do prato. E o segundo sofre com os excessos do primeiro".
O desmatamento, a agricultura excessiva, o desenvolvimento urbano ou a multiplicação de represas hidroelétricas são alguns dos riscos para as águas que alimentam o Pantanal.
Percorrendo o Cerrado, são descobertos milhares de hectares de explorações agrícolas, sobretudo de soja. Em meio dos campos que se perdem de vista, um trator lança um líquido amarelo com um forte odor químico. São herbicidas.
Cerca de 15% da cobertura vegetal do Pantanal já foi destruída pelos cultivos de soja e pelos pastos para o gado, estima o WWF.
Isto alarma o canadense Pierre Girard, especialista em hidrologia do Centro de Pesquisas do Pantanal (independente), outro dos autores do estudo.
"A soja é cultivada onde nascem os rios que alimentam e formam posteriormente o Pantanal. Há riscos de erosão, mas também de contaminação do Pantanal", assegura.
Realizado igualmente em colaboração com a ONG The Nature Conservancy, o estudo do WWF insiste na necessidade para os países e as regiões envolvidas de unir seus esforços.
"Não há mais lugar para os cultivos abundantes como se existisse um estoque infinito de floresta nativa a destruir e de água doce a contaminar", afirma Kimura.
Para o biólogo, a proteção da bacia do rio Paraguai - onde apenas 11% do território é atualmente uma zona protegida - é vital para conservar a extraordinária riqueza da fauna e da flora, que possui 4.500 espécies diferentes.
"Portanto, é necessário proteger as fontes de água, criar mais zonas protegidas e melhorar as práticas agroalimentícias", assegura Kimura.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/02/02/ecologistas-brasileiros-pedem-protecao-do-pantanal-santuario-ameacado.jhtm
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