sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A evolução sendo analisada!

Atualizando o que conversamos a algumas aulas atrás sobre exemplos de evolução, segue anexo texto para leitura complementar.

"As mariposas Biston betularia
Por Rubens Pazza, Dr.,
2004.


As mariposas salpicadas Biston betularia representam talvez a mais bem conhecida estória na biologia evolutiva. Entretanto, alguns mal entendidos têm fornecido aos criacionistas um prato cheio para dissertações contra a evolução.
Antes da revolução industrial na Grã Bretanha, a forma mais coletada destas mariposas era a clara, salpicada. A forma melânica, escura, foi identificada pela primeira vez em 1848, perto de Manchester, e aumentou em freqüência até constituir mais de 90% da população de áreas poluídas em meados do século 20. Em áreas despoluídas, a forma clara ainda era comum. A partir dos anos 1970, entretanto, em decorrência de práticas conservacionistas e conseqüente diminuição da poluição, a freqüência das formas melânicas diminuíram drasticamente, de cerca de 95% até menos de 10% em meados dos anos 90.
Desde 1890, vários trabalhos tentam explicar os fenômenos envolvidos no aumento da freqüência da forma melânica, como efeito da cor sobre a eficiência térmica, indução das formas melânicas por efeitos diretos da poluição, entre outros diversos fatores atuando sozinhos ou em conjunto. Em meados dos anos 50, Kettlewell explicou a mudança na freqüência pela ação da caça visual por pássaros. A forma melânica ficava melhor camuflada no tronco de árvores em regiões poluídas, onde a fuligem matou o líquen. Por outro lado, as mariposas salpicadas ficavam melhor camufladas em áreas despoluídas. Alguns autores, entretanto, afirmam que B. betularia raramente permanece no tronco das árvores durante o dia, preferindo regiões mais altas e protegidas. Recentemente, experimentos simulando a visão dos pássaros demonstraram que os líquens efetivamente promovem uma boa camuflagem para as formas salpicadas. Alguns estudos identificaram um aumento na quantidade destes líquens bem como na freqüência de formas claras das mariposas embora a correlação com a diminuição da poluição ainda não possa ser esclarecida. (...)

Para continuar o texto: http://biociencia.org/index.php?option=com_content&task=view&id=45&Itemid=83

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